Você já parou para refletir como anda a sua vida nos últimos tempos? Em qual conclusão você chegou? Ela vai bem, vai mal ou está mais ou menos? E quando pensa no seu trabalho? Como você se sente com relação a ele? Bem, mal ou mais ou menos? E a evolução da sua carreira profissional? E a sua família? E o seu relacionamento? E a frequência com que se encontra com seus entes queridos? E a sua saúde? E as suas finanças? Quando coloca tudo isso junto, você fica bem, fica mal ou fica mais ou menos?
O sermão do mais ou menos
O padre Fabio de Melo, em um de seus sermões, costuma fazer uma reflexão sobre como anda a vida, sobre como você enxerga sua vida e se a está vivendo integralmente. E ele focou nas pessoas que estão vivendo mais ou menos. Dessa forma, ele disse mais ou menos assim:
“A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos. O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum, é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.”
Quem costuma namorar mais ou menos, se entrega mais ou menos e larga mais ou menos. Essa mesma pessoa, também tem o hábito de aprender as coisas mais ou menos e fazer uma faculdade mais ou menos. Quando fica doente, ela adoece mais ou menos e é atendida por um médico, que é mais ou menos. Essa pessoa tem um poder multiplicador de coisas mais ou menos, de tal forma que essas condições tomam conta da vida toda!
Dia a dia mais ou menos
Agora peço que você imagine a seguinte situação e reflita se você se identifica com ela:
Você acorda pela manhã com o tocar do despertador e tem uma dificuldade tremenda de se levantar da cama. Já acorda cansado, tendo a impressão de que deitou para dormir há apenas 5 minutos atrás e que, ao acordar, um caminhão passou por cima de você. Ao pensar em ir para o trabalho, vem aquele sentimento: “puxa vida, mais um dia…vamos para a labuta!”.
Ao tomar o café, costuma resmungar consigo mesmo por algum motivo. Por causa do dia da semana, do tempo, da temperatura, do horário, do próprio café, e por aí vai. Se não tiver motivo para reclamar, com certeza vai encontrar um.
Mas, depois de muito esforço, se apronta e vai trabalhar. Chega no trabalho e faz exatamente o que está na descrição do seu cargo. Se seu chefe te pede para fazer algo mais, a primeira coisa que vem na cabeça é “eu não sou pago para fazer isso”. Então, depois de cumprida mais uma jornada (igual a todas as outras, por sinal), chega a hora de ir embora, precisamente às 18h, em ponto!
Aconteça o que acontecer, independentemente se estiver no meio de uma linha de raciocínio ou no meio de um relatório, você deixa tudo de lado, porque deu o seu horário! É hora de desligar tudo e ir embora! E com o ânimo inversamente proporcional em relação àquela hora que o despertador tocou, não é mesmo?
Muito bem, esse desempenho bem mediano, bem mais ou menos, é digno de alguém que apenas tem a intenção de deixar tudo exatamente como está. Está tudo mais ou menos no lugar…e que fique assim! Essas são as atitudes de pessoas que levam a vida mais ou menos!
Você é um mais ou menos?
Os mais ou menos costumam enxergar a realidade de uma maneira distorcida. Como se estivessem usando óculos, com lentes embaçadas! Isso, porque eles não conseguem ver as oportunidades de conhecimento, crescimento e evolução que aparecem à sua volta, a todo momento.
Essas pessoas têm por filosofia fazer o menor esforço possível, só para cumprir tabela! Sem muita preocupação com surpreender, superar ou evoluir. São pessoas estagnadas na zona de conforto e acomodadas com o destino que elas mesmas construíram! Ativam o “modo Zeca Pagodinho” – deixando a vida me levar – esperando que algo melhor aconteça algum dia…se acontecer. E assim vão vivendo na inércia vitalícia do conformismo.
Zona de conforto
Pessoas mais ou menos têm muita conexão com zona de conforto. Na psicologia, a zona de conforto pode ser definida como uma série de ações, pensamentos ou comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco.
Nessa condição, a pessoa age de certa forma que seu desempenho passa a ser constante, porém, limitado. E com uma sensação constante de segurança.
Auto reflexão
Tendo tudo isso em mente, peço que você dê uma olha nas características comportamentais abaixo, e reflita com a maior sinceridade possível, quais delas mais se identificam com a sua forma de pensar e agir:
Risco X Zona de conforto
A psicologia também diz que para uma pessoa melhorar seu desempenho, evoluir e realizar grandes conquistas, necessariamente precisará operar fora de sua zona de conforto!
É como se fosse uma onda que vem, causa instabilidade e insegurança, mas que ao mesmo tempo te desafia. Você encara o desafio, vence, fica mais forte, se acostuma com ele e estabelece um novo nível para sua zona de conforto. Essa é uma forma de você expandir a sua zona de conforto e esse movimento é vitalício, sem fim, rumo ao progresso e evolução!
Uma pesquisa concluiu que os indivíduos mais bem sucedidos operam com frequência fora da zona de conforto, expandindo cada vez mais o número de dificuldades que conseguem superar. Esses são os chamados profissionais top de linha!
Você é um top de linha?
O profissional top de linha esquece de bater ponto por causa do entusiasmo que sente ao desempenhar uma atividade. É aquele que entrega os projetos com qualidade, dentro do prazo, independentemente do horário que chegou ou saiu. Tem a consciência de que ele é o grande responsável pela sua história, ele é o protagonista e é capaz de escrever suas próprias páginas de sucesso dos capítulos de sua vida! Gosta de estudar coisas novas, ter novas experiências que geram novos aprendizados. Ele faz acontecer, direciona seu próprio caminho e rompe fronteiras!
Aliás, a grande diferença daquele que realmente faz a vida acontecer, daquele que apenas vive por viver, é que o top de linha persegue seus objetivos com muita determinação e disciplina, além de ter clareza do que deseja ser alcançado!
Pra fechar
Todos nós somos mais ou menos evoluídos em diversos dos quesitos tratados neste texto. Alguns são mais top de linha do que outros e devemos utilizá-los como inspiração! O mais importante de tudo é despertarmos nossa consciência para a mudança!
Isso porque no mundo em que estamos vivendo, na era da excelência, da experiência, da preocupação com os detalhes, da competição acirrada, não há espaço para mais ou menos.
Ser mais ou menos é quando a gente quase faz, quando a gente quase consegue, quando a gente quase acredita! O maior crime que podemos cometer é quando fazemos as coisas de qualquer jeito. A gente, que quer fazer a diferença no mundo, não pode se contentar com as coisas feitas de qualquer jeito. E se quisermos sair dessa condição, precisaremos fazer pequenos esforços diários. É isso que o top de linha faz! Vamos nos inspirar nessas pessoas e assim criarmos oportunidades mais tops, termos empregos mais tops, famílias mais tops, uma saúde mais top, para construirmos um mundo mais top e vivermos uma vida mais top!