Alguma vez na sua vida achou que você teve sorte? Já desejou boa sorte a um amigo? Já tentou procurar um trevo de 4 folhas para atrair bons fluidos para a sua vida? Certamente já pulou as sete ondinhas na virada do ano, com a esperança de realizar todos os seus pedidos, não é mesmo? Eu já fiz isso muitas vezes!
Pois bem, muitas pessoas acham que sorte é obra do destino, algo imprevisível, um mero acaso. Talvez, por isso, seja comum desejarmos boa sorte aos nossos amigos, aos nossos familiares ou aos nossos entes queridos. Dependendo da situação que elas vão passar, seja uma entrevista de emprego, seja um tratamento de uma doença, seja o início de uma nova vida, lá estamos nós desejando “boa sorte”!
Mas será que essa “boa sorte” funciona mesmo? Ou será que esse desejo está mais no piloto automático do que, de fato, pode fazer alguma diferença na vida da outra pessoa?
Agora, seja sincero consigo mesmo. Alguma vez na sua vida, ao encontrar uma pessoa bem-sucedida, rica, feliz, com saúde e plenamente realizada, já aconteceu de você pensar: “como tem sorte essa pessoa? ”
Você já deve ter parado para pensar como é que aquele seu colega de colégio, que só tirava notas menores do que você, se deu tão bem na vida, não é mesmo? Só pode ter sido a sorte! E aquela antiga estagiária, irresponsável, descomprometida, que anos mais tarde criou um negócio de milhões! “Eita moça de sorte, aquela, viu? ”
Os meteorologistas, a ciência e a sorte
Na minha opinião, uma das profissões que mais dependem da sorte é a das previsões do tempo. Isso porque os meteorologistas, de certa forma, dependem do humor da Mãe Natureza e das suas instabilidades para serem assertivos. E muitas vezes pagam o preço, por tentarem prever o imprevisível.
Outro dia li em um livro que os meteorologistas da televisão, apesar de ganharem um bom salário falando sobre o tempo, sofrem bastante nas ruas quando a Mãe Natureza surpreende. Esses profissionais relataram que já foram golpeados por velhinhas de guarda-chuva, já foram abordados por bêbados em bares e já foram até ameaçados de morte, acusados de tentarem tomar o lugar de Deus. Podem imaginar essa cena?
Cerca de 80% a 90% das previsões de um dia são acertadas pelos “homens e mulheres do tempo”, porém, as previsões de prazo maior são mais difíceis, justamente por conta da instabilidade da Mãe Natureza. E apesar deles serem apenas mensageiros das informações provindas de computadores e especialistas, é a cara deles que “é colocada à tapa”!
Houve um caso de um “homem do tempo” que foi abordado por um fazendeiro brutamontes, que havia bebido umas e outras, apontou o dedo no seu peito e o ameaçou: “Foi você quem enviou aquele tornado que derrubou a minha casa…vou arrancar a sua cabeça”. O profissional, indefeso naquela situação, pensou rápido e retrucou: “Tem razão quanto ao tornado e vou dizer mais uma coisa: mandarei outro se você não recuar”.
Uma outra “mulher do tempo” recorda que a cidade em que morava sofreu uma grande inundação. Alguns dias depois, uma mulher foi até o seu carro, bateu com força no para-brisa com o guarda-chuva e disse: “Esta chuva é culpa sua”.
Claro que para fazer uma previsão do tempo tem toda uma tecnologia. A ciência está por trás disso, mas a sorte, nesse caso, pode ajudar um pouquinho os profissionais dessa área a terem sucesso em suas previsões.
Competência
Por outro lado, existem muitas pessoas que acreditam que “sorte é o encontro da oportunidade com o preparo”. Através desse ponto de vista, o mais importante é a atitude e o esforço da pessoa, que faz o necessário para se preparar e se condicionar para a oportunidade que está por vir! A partir desse ponto de vista, a sorte passa a ser a oportunidade que aparece! E a bem da verdade é que ela aparece para todos, mas somente a agarra quem está pronto e preparado para ela!
Michael Jordan
Michael Jordan dispensa apresentações! Ele foi um dos maiores ídolos da NBA, campeão da liga 6 vezes com o Chicago Bulls, eleito 5 vezes o jogador mais valioso da temporada, ganhou 2 medalhas de ouro nas Olimpíadas e foi o 3º maior marcador de todos os tempos!
Quem teve a oportunidade de ver um jogo de basquete com ele, sabe que Jordan era diferenciado e competitivo, tinha raça e habilidade, além de ser capaz de saltar do início do garrafão e enterrar a bola na cesta!
A sorte ou a competência de Jordan
Certa vez, um repórter perguntou se ele se considerava um homem de sorte por ser tão talentoso. Sua resposta foi tão precisa quanto seus arremessos: “Sim, eu me considero um homem de muita sorte por ter saúde e ter tido a chance de me cercar de pessoas dispostas a me ensinar tudo o que sabiam da melhor maneira possível. Assim, eu pude treinar mais que a maioria dos meus colegas. Após o treino, quando todos iam para casa, eu ficava na quadra e fazia mais 1.000 arremessos todos os dias. Assim, quanto mais eu treinava, mais minha sorte aumentava, até eu chegar até aqui. ”
Jordan tinha uma filosofia baseada em muito comprometimento! Ele encarava os treinos com a mesma intensidade que os jogos. Ele dizia que “essa vontade toda, essa dedicação toda, não era algo que podia abrir e fechar como uma torneira. Não tinha como fazer corpo mole no treino e, mais tarde, quando precisasse daquele esforço extra durante o jogo, achar que estaria ao seu alcance. ”
Ele sempre acreditou que os resultados vinham com o trabalho. Se ele fizesse as coisas pela metade, ele só poderia esperar resultados pela metade.
Criando a sua própria sorte!
Ao relembrar a história desse ídolo, reflito sobre o quanto as pessoas poderiam criar sua própria sorte, dedicando-se ao desenvolvimento de seu próprio potencial.
A vida é uma permanente construção. E saber administrar as oportunidades que surgem para fazer uma construção sólida é uma questão de competência e não de sorte.
Esteja preparado para o que der e vier. Leia, estude, trace cenários. Saiba onde você quer chegar! Tenha clareza do que você precisa se desenvolver e se capacitar! Com esse preparo, você vai aumentar a sua sorte, vai desenvolver sua competência e vai criar inúmeras oportunidades de sucesso!