Você por um acaso se lembra de ter ouvido alguma vez na sua vida aquela velha frase na casa dos seus pais: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”?

Essa expressão se tornou clássica, principalmente quando nossos pais queriam nos afastar da má influência e das más companhias. Era a voz da experiência falando, pois eles já sabiam muito bem das confusões que poderíamos nos meter caso seguíssemos as orientações dos maus companheiros. E obviamente eles queriam evitar que situações ruins acontecessem conosco.

Seres humanos, seres influenciáveis

Essa preocupação fazia todo o sentido! Isso porque nós, seres humanos, somos muito influenciáveis! Influências, estas, que podem vir de diversos âmbitos da nossa vida: da educação que tivemos, dos estilos de filmes que assistimos, dos amigos que convivemos, dos livros que costumamos ler, e por aí vai!

Todas essas intervenções acabam influenciando nas nossas atitudes, seja na hora de tomar uma decisão, no momento de escolher qual caminho seguir ou quando temos de traçar nosso destino.

Você é a média das cinco pessoas com quem passa mais tempo!

Um dos mais brilhantes escritores e palestrantes dos EUA – Jim Rohn – já falecido, costumava dizer algumas frases muito fortes quando o assunto era influência. Eram frases como essas: “Deixe que os outros vivam vidas pequenas, mas não você. Deixe que os outros discutam por coisas pequenas, mas não você. Deixe que os outros chorem por pequenas feridas, mas não você. Deixe que os outros deixem os seus futuros nas mãos de alguma outra pessoa, mas não você”.

Mas foi uma frase específica que ficou mais marcante em sua carreira e que inclusive ainda faz muito sucesso nos treinamentos de desenvolvimento pessoal. Ele dizia o seguinte: “Você é a média das cinco pessoas com quem passa mais tempo”.

Nosso ambiente nos afeta

Isso significa que o ambiente em que vivemos afeta o que somos. Isso mesmo, o conjunto de características do grupo em que estamos inseridos influencia na maneira como nos comportamos. Pare, pense e perceba como seu ambiente impacta em quem você se torna.

Por exemplo, se você conviver todos os dias com pessoas pessimistas, deprimidas e que só enxergam o lado meio vazio do copo, há uma grande probabilidade de você se tornar mais parecido com elas e adquirir esses hábitos, manias e atitudes.

Exemplo clássico do novo colaborador:

Imagine a cena de um novo colaborador iniciando em seu novo emprego. Ele passou na seletiva, foi recebido no evento de boas-vindas e está encantado com a empresa. Está cheio de motivação e energia, mostrando bastante proatividade e muita vontade em contribuir com a organização!

No entanto, com o passar dos dias, ele começa a ter contato com algumas pessoas com mais tempo de casa. Vão almoçar juntos, tomam um cafezinho no meio do expediente e até combinam de sair para um happy hour ao final.

O problema vem à tona quando esses colaboradores mais antigos são aqueles “velhos cavalos cansados”, que vivem reclamando da empresa, do salário, dos líderes, da vida! São aqueles que chegam atrasado, faltam constantemente e fazem mais pausas do que efetivamente trabalham.

Aquele novo colaborador que começou irradiante, começa a ficar apagado, cansado, triste, sem energia, com a bateria fraca. De tanto andar com os velhos cavalos cansados, os jovens cavalinhos cheios de energia envelhecem anos em apenas algumas semanas. E logo, se misturam e se adequam às suas rotinas, suas reclamações, suas procrastinações.
Esse tipo de situação acontece com muita frequência, o que deixa ainda mais em evidência como nós, seres humanos, podemos ser influenciáveis pelo ambiente que frequentamos e pelas pessoas que nos rodeia.

“O copo meio cheio”

Por outro lado, experimente se associar a pessoas otimistas, bem-sucedidas, disciplinadas e organizadas. Há uma enorme possibilidade de você notar uma diferença extraordinária nos rumos que sua vida vai tomar. Em tese, cercar-se de pessoas saudáveis, inteligentes, desafiadoras e interessantes provavelmente o tornará como esses caras.

Para fazer diferente, você precisa conviver com pessoas diferentes. Para ser criativo, você precisa conviver com pessoas criativas. Para ser generoso, você precisa conviver com pessoas generosas.

Seja o pior aluno da turma!

Outro dia ouvi uma frase que fez muito sentido para mim e, ao mesmo tempo, me deixou intrigado! Ela dizia mais ou menos assim: “seja sempre o pior aluno da turma! ”

O sentido por trás dessa fala é que se você for a pessoa mais inteligente da turma, da sala, da mesa, do trabalho, ou do ambiente em que esteja inserido, você está no lugar errado. Isso, porque ali você não vai aprender nada.

Se você for o menos inteligente, com menos recursos, com menor visão, significa que você está com pessoas muito feras ao seu lado e, mesmo que seja por osmose, você vai absorver muitas qualidades dela! Você vai crescer, vai se desenvolver, vai progredir e vai prosperar!

Escolha a sua tribo!

Lembre-se: você tem o poder de controlar quem você se torna! Você tem o poder de escolher com quem passar mais tempo!

Por isso termino esse post com algumas perguntas para você refletir:
– Com quem você tem passado mais tempo?
– Sobre o que essas pessoas falam?
– Elas te incentivam a ir para um próximo nível ou a regredir?
– Você é a pessoa mais inteligente do grupo ou tem grandes dificuldades para acompanhá-los?