“O hábito é como uma corda. Nós tecemos um fio dela a cada dia e, finalmente, não conseguimos mais rompê-la.” (Horace Mann)
Você sabia que o nosso cérebro pesa algo em torno de 1,3kg e consome até 25% das calorias do nosso organismo? Essa relação de proporcionalidade nos diz que se o nosso cérebro “ficar trabalhando” 100% do tempo, vai ficar sobrecarregado e acabar pifando mais cedo ou mais tarde! E quando isso acontecer, vamos sentir cansaço, estresse e esgotamento mental.
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Isso significa que, por natureza, nosso cérebro está programado para poupar energia! E ele faz isso criando hábitos! Quando fazemos algo repetidamente a tal ponto que se torna robótico e automatizado, um novo hábito é criado. E ao criarmos um novo hábito, não precisamos mais gastar muita energia ou demandar um grande esforço para executá-lo. Como escovar os dentes, por exemplo – simples, rápido, automático.
O fato é que a conjuntura dos hábitos da nossa sociedade tem me preocupado bastante! E digo isso por alguns motivos! A começar pelo consumo de açúcar! Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), nos últimos 15 anos o brasileiro quase dobrou seu consumo, o que significa quase três vezes mais do que a média mundial.
E o problema não está só no açúcar! Com a vida corrida dos grandes centros, as pessoas estão buscando cada vez mais a praticidade das redes de fast food, dos produtos congelados e dos produtos industrializados para se alimentar. São mais rápidos, mais práticos, mais baratos e mais acessíveis. E contêm uma quantidade absurda de sal e sódio, o que significa um prato cheio, literalmente, para a obesidade!
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Hoje, um em cada cinco brasileiros são considerados obesos. E os dois pilares para essa tragédia é a alimentação não saudável e a falta de atividade física.
Por falar em atividade física, temos outro agravante: hoje, temos tudo muito fácil e rápido, bem na palma da nossa mão, há apenas um click de distância! Antes a gente caminhava mais, se movimentava mais, brincava mais, gastava mais energia com o corpo em movimento! Agora não! Isso, porque, junto com todas as facilidades e as maravilhas que os smartphones nos trouxeram, também veio uma clara tendência de nos movimentar menos!
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Pra completar o pacote, também estamos vivendo na era do compartilhamento, da exposição, da intersecção entre vida real e virtual. Compartilhamos nossas vidas com pessoas que nem conhecemos. Temos milhares de amigos virtuais! São pessoas com vidas superlegais e excitantes, repletas de viagens incríveis, cheias de amigos, sempre felizes e sorridentes, são bem-sucedidas financeira e profissionalmente. Quanta perfeição! E quando eu comparo tudo isso com a minha vidinha simples, me sinto mal. Sinto tédio. Sinto inveja. Minha autoestima cai!
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Sim, também estamos vivendo na era da perfeição, na busca desenfreada pelo sucesso! As pessoas andam pressionadas por si mesmas para se destacarem! Querem ter a vida perfeita, o emprego perfeito, a casa perfeita, o corpo perfeito, a família perfeita! E querem que as outras pessoas vejam essa perfeição! Muitas vezes, a busca por essa perfeição exerce uma pressão psicológica muito forte! E toda essa pressão pode ser o estopim para desencadear outros tipos de doenças como a ansiedade, o estresse e até a depressão.
Não à toa, o Brasil estrela na primeira posição mundial em casos de ansiedade! Um em cada cinco brasileiros relataram sintomas de depressão nos últimos doze meses. E o dado mais alarmante: hoje, ocorre um suicídio a cada 40 segundos no mundo! Pessoas morrem mais por suicídio do que por guerra ou roubo!
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Todos esses hábitos, acionaram uma bomba atômica na nossa sociedade!
Por outro lado, diante deste panorama tenebroso existe uma boa notícia que nos traz esperança: a prática de atividade física no tempo livre cresceu, mesmo que timidamente, de 30% para 38% entre 2009 e 2016. E a atividade física aparece como um antídoto nesse cenário!
Sim, ao praticarmos atividade física, produzimos uma série de enzimas que afetam diretamente o nosso humor, a nossa disposição, a nossa vitalidade e o nosso bem-estar. Eles atuam como uma espécie de “superpoderes” para o nosso corpo, para a nossa mente e para a nossa alma!
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Os hábitos que escolhemos praticar ditam a qualidade da nossa vida! Para criarmos novos hábitos, precisamos querer mudar! E a real mudança vem de dentro para fora. Não vem do cuidado com as “folhas” da atitude! Vem do trabalho com as “raízes” – a trama do pensamento e dos paradigmas, que criam as lentes pelas quais vemos o mundo. Ao plantarmos a semente e regarmos a terra, percebemos o crescimento real e um dia sentiremos o sabor dos deliciosos frutos de uma vida plena!